domingo, setembro 24, 2006

Did I lose my Sparkle?

Everybody has been talking about the "Sparkle" lately, that little thing that makes you special and "lovable" to the ones who see it.

The other day I read a post from someone who feared that God (or Whoever) had forgotten to put a Sparkle inside her, and so nobody would be able to love her.
Also, I have a friend who claims that the little stupid things that make us imperfect are the ones that make us unique, and therefore constitute the Sparkle.

Well, I'm not afraid that Someone has forgotten to give me a Sparkle, but do I still have it? Years ago, back in my pre-teen years, I started to be terribly scared of being different and did everything I could to be just like everybody else... have I become a shallow empty box, shaped like everything I though I should be?
And did I lose my Sparkle in between? Or should I say, did I toss it away?

domingo, setembro 10, 2006

Idiotas

Idiotas, idiotas e mais idiotas. Mas idiotas a sério! A minha vida é um desfile de idiotas.
Assim de repente ocorrem-me 5, e sem tentar pensar a ver se há mais!
E o mais engraçado é que quando um resolve armar-se em parvo, os outros alinham todos e juntam-se à festa. Também deviam juntar-se todos e meter-se num foguetão para Marte!

Keeping me from myself

Something is missing. And I’ve already looked in all the wrong places!
I can’t keep myself from running in circles, trying to reach the end of a home-made rainbow, only to find that true rainbows aren’t made, they happen!
Tired of waiting for one to happen... it never rains.
It thunders, though.



Iceberg.

sexta-feira, setembro 08, 2006

Filosofias subterrâneas - Um grão de areia no Universo

O que é que nos torna humanos?

Lembrei-me porque:
Estive a ler uns bocados do blog do Bruno Nogueira. Devem haver centenas de PC’s em Portugal com este nome em alguma parte: num texto, num vídeo, num diário, numa foto... É uma celebridade, e como tal, não é “humano”. Quero dizer, como qualquer celebridade, exceptuando para as pessoas que o conhecem e para aquelas que são ultra fãs, ele é um mito. Não é propriamente real. Mas o blog torna-o muito mais humano, tem uma fotografia do sobrinho bebé, um texto qualquer sobre um jantar de amigos depois de um dia de praia... igual a qualquer outra pessoa (como é óbvio, se pensarmos um bocado...).

Mas:
Já não é a primeira vez que tenho esta sensação.
Quando não sabemos nada sobre uma pessoa (ou, no caso de alguém famoso, quando só conhecemos a “caixa”) elas não são humanas aos nossos olhos, não têm passado presente nem futuro, não sentimos nada por elas, e, se não olharmos com atenção, nem sequer nos dizem nada.
Vivemos num rebanho autêntico, se for preciso até passamos por cima da ovelha da frente para chegar aonde temos que estar (será que temos?). Ás vezes vou no metro e começo a reparar nas pessoas. Nas pessoas que se empurram, e suam e praguejam para conseguir enfiar-se lá dentro à hora de ponta, e que nunca sorriem, como se as mães agora ensinassem os meninos a, para além de não falar com estranhos, também não sorrirem na sua presença.
Aquelas pessoas não são uma entidade única e coordenada, não são um rebanho! Cada uma delas é uma ovelha negra, pelo menos para alguém.
Olho para a senhora que está ao meu lado. Cabelo impecavelmente escovado, penteado e fixado, maquilhagem perfeita, aliança, casaco de marca, saltos altos, expressão séria. Não é expressão neutra, é expressão séria, quase ameaçadora.
De onde vem? Para onde vai? O que faz? Onde cresceu? Tem filhos? É feliz?
Olho à volta, entra ainda mais gente. Já não me lembro qual das pessoas era aquela senhora. É uma delas. Mais uma. Como eu sou mais uma aos olhos de toda aquela gente (pelo menos dos que olham à sua volta).
Ninguém é ninguém. E no entanto toda a gente é alguém. Toda a gente é especial nem que seja para a mãe!

Os outros tornam-nos humanos.
Aqueles a quem aparecemos descalços, em pijama e sem maquilhagem, quer por nós lhes mostrarmos, quer porque conseguem ver sozinhos para além da maquilhagem, real ou imaginária. Porque todos a temos.



Chuva Dissolvente.