terça-feira, julho 24, 2007

Sacudir - Este sítio cheira a mofo!

Este buraco fugiu á essência de tudo; prendeu-se e enrolou-se sobre si próprio e deixou de fazer sentido, no sentido em que eu procurei que ele fizesse sentido e isso não faz sentido nenhum.
Isto só faz sentido se eu me estiver a cagar para o sentido que faça.
Posso dizer isto? E aquilo? Esta palavra específica vai soar a alguma coisa que eu não queira? A censura foi abolida no 25 de abril, caramba!
Esta personagem não tem assunto; já alguém a matava.
Esta personagem é cobarde: não publica posts em branco, não publica posts em preto, e muito menos publica posts preto no branco.
Esta personagem é uma nulidade.
Esta personagem não existe.

Eu não me chego, e muito menos me chega uma das minhas faces mutáveis, amarrada a conceitos que eu mesma criei numa tentativa de corresponder á ideia que eu tenho da ideia que os outros têm seja lá sobre o que for.
Eu, eu, eu. O post mais egocêntrico de sempre.
Pois EU quero engolir o mundo, por muito que não tenha estômago nem fome. (ainda me engole o mundo a mim!)



"Sou um evadido.
Logo que nasci
Fecharam-me em mim,
Ah, mas eu fugi. "
P.S. - Isto é só fogo de vista! (lol)

segunda-feira, julho 16, 2007

Game Over
Press Esc

segunda-feira, julho 09, 2007

sexta-feira, julho 06, 2007

Um dia acordo e descubro que já não serve.
Cantar e tocar estão fora de questão. Tento desenhar, e saem espirais tortas das minhas mãos incapazes.
Quero fundir-me com as palavras e perder-me nelas, para que possam explicar tudo o que vejo e sinto e cheiro e quero e sou.
Para que me sejam, e me expliquem elas a mim.
Para que me tirem o que estas palavras ainda não podem tirar, e façam com isso alguma coisa de transmissível.



Nada de nada. Intransmissível.

quarta-feira, julho 04, 2007

Inacabado

Somos Deuses.
Tu és, com certeza!
Feita toda dessa matéria vítrea, de cristal negro, brilhante e oculto como o mar reflectindo a noite.
O tempo passou; e então?
Deus de outra coisa qualquer, talvez. Talvez outro deus da mesma coisa?
Mas sempre deus.
E com a mesma perplexidade com que via a indiferença com que os olhavas, com que (não) lhes tocavas, com as tuas mãos e lábios imateriais... olho agora a tua queda, do rés-do-chão para o 10º andar, num triplo mortal encarpado, os olhos esbugalhados de medo, mas cada vez mais alto.



26/05/07

terça-feira, julho 03, 2007

"O homem dos óculos escuros riscou o fósforo e colocou a chama violácea à ponta do cigarro. Aspirou forte e uma nuvem acinzentada ergueu-se do rosto, devagar, fantasmagórica. O homem percorreu a rua com o olhar azul e apreciou a placidez daquele recanto aprazível."
in A fórmula de Deus
(José Rodrigues dos Santos)

... Por amor de Deus, qual é a necessidade de tamanho uso e abuso de vocabulário extensamente rodopiante, forçadamente organizado em tais perfeitas frases perifrásicas e redundantes?

Isto é uma auto-proclamação de cultura ou estamos a reinventar o Barroco?



Just a thought...