domingo, novembro 26, 2006

Amigos?

Depois de 3 dias de conversas com pessoas diferentes e um post encontrado por acaso a fazer de cereja no topo do bolo, rendi-me finalmente à vontade do mundo e pus-me a pensar sobre o assunto.

Um homem e uma mulher podem ser amigos?
(e depois de já serem muito amigos, podem alguma vez vir a ser mais alguma coisa?)

Como disse um amigo meu, talvez duas pessoas de sexos opostos só possam ter uma amizade inocente enquanto forem crianças; depois disso as interferências são tantas que vai inevitávelmente haver atracção "menos inocente" de pelo menos uma das partes pela outra. Será? Então não pode mesmo ser fraternal? ("como irmãos"...)

Por outro lado, muitas vezes acontece precisamente o contrário! Uma das partes até tinha interesse à partida, mas entretanto tornam-se tão "amigos", que a ideia de haver algo mais entre eles passa a ser inconcebível. ("Quando é que passámos a ser muito amigos? Ao 6º café? Ao 5º? Isso quer dizer que com menos um café te tinha levado prá cama?")

Mas então... Afinal como é? Não podemos ser amigos e ter algo mais, nem podemos ser amigos sem nunca querer algo mais. É isso? É um bocado padaroxal.
Isso implica que, ou tem que haver um ponto perfeito entre as duas possibilidades, ou seja, o tal café a menos, ou... simplesmente não podemos ser amigos.





Alheio, redundante, inconclusivo.

sexta-feira, novembro 24, 2006

Peixinhos às voltas num aquário

E eu no meio, com água pelo nariz!

Fogo cruzado, uma no cravo outra na ferradura...
Será possível toda a gente andar de roda daquele rapaz?! Graças à santinha eu não ando, isso então era o fim do mundo!

segunda-feira, outubro 23, 2006

quarta-feira, outubro 18, 2006

Perfeição

Nothing else matters... does anything?

O cheiro a chuva, o passaroco no parapeito, a rosa em cima da mesa… perfeito?
Define perfeição.

Sol. Noite de raparigas ;). Chuva. Sushi. Mar. Um beijo. Estrelas. Uma noite daquelas. Água quente. “Surreal”. Uma ninhada de bichinhos. Natal. Alguém para abraçar. Verde. Bebés. Borboletas no estômago. Cheiro a Verão, Casa, Primavera, Roupa lavada, Bolinhos no forno. Chocolate.

A perfeição é imperfeita se não tiver imperfeições.

...Isso significa que se tentarmos demasiado acabamos por perdê-la?
Efémera. A tal coisa mais bela do Fernando Pessoa.
O fim do arco-íris. (Terá um pote de ouro?)
Ânsia.





Plástico.

sábado, outubro 14, 2006

Tu IRRITAS-ME!

Porque és chato.
Porque nunca se sabe quando vais ser simpático e quando vais atirar-me qualquer coisa à cara.
Porque me odeias.
Porque nunca sei quando estás a brincar, quando estás a falar a sério e quando estás a gozar comigo.
Porque não gosto do teu tom.
Porque tens a mania que sabes tudo sobre praxes, comissões, tunas e afins só porque estiveste 3 anos em Coimbra!
Porque me fazes dizer sempre a coisa errada...
Porque sim.
Porque sei que apesar de tudo és um fixe e boa pessoa... e isso ainda me irrita mais!
Porque, mais que tudo, me irrita que consigas irritar-me.

sábado, outubro 07, 2006

Frases Knorr - basta juntar 100 ml de àgua quente. Desde 1884 a cuidar de si!

Hoje de manhã, estava eu nas calmas na net em vez de estar a estudar fisiologia, quando, a meio de uma conversa de msn, um elemento do sexo masculino cuja identidade não vai ser referida para seu próprio bem, se sai com uma das perguntas pré-feitas mais irritantes de todos os tempos: "Então o teu namorado também é de veterinária?".
Ora, eu não sei se a pobre criatura esperava que eu não conhecesse ainda a frase, ou se pensava que se ia safar com uma resposta ingénua respondendo exactamente àquilo que ele queria saber, do género "Namorado? Mas eu não tenho namorado...", mas como é óbvio não teve essa sorte.

Frases, comentários que são perguntas disfarçadas por falta de tomates e perguntas pré-feitas com 100 anos de existência... mas será que os gajos não se enxergam? Não terão eles noção de que determinadas frases, comentários e perguntas pré-feitas são do conhecimento geral e extremamente irritantes, e que há perguntas que, pré-feitas ou não, não se fazem?!

- Então e o teu namorado, é de onde/também é de veterinária/está bom/também vai ao *inserir o nome de uma coisa qualquer*?
- Se não fosse estranho/se tu deixasses até te convidava pra dançar...
- Se te desse um beijo correspondias/o que é que fazias?
- Ah, pois, porque depois o teu namorado *inserir qualquer coisa de encher chouriços para completar a frase*.
- Já alguém te disse que tens uns olhos muito bonitos/danças muito bem/tens um corpo muita fixe (uiii! esta até dói...)/és muito bonita?
- Alguma vez te passou pela cabeça curtir comigo?
- Se eu um dia te desse um beijo o que é que fazias?
- Posso beijar-te?
- Queres curtir comigo?
- Queres andar comigo? (excepto em condiçoes muito muito particulares, meio a brincar meio a sério)
- Tens lume? (Com a eventual resposta: "Mas tu já és uma brasa" :s)
- Afinal as flores andam...!
- O meu amigo quer-te conhecer!
(looool, esta é a melhor de todas! E eventualmente traz incluída a acusação: "Mas porque é que não queres conhecer o meu amigo? Tens namorado? És lésbica?" Nãooo, não quero conhecer mais idiotas!)
- ...


E as coisas que nos chamam? Mas será que não vêm a foleirada (e o nojo... bargh =s)?!

- Flor
- Kida
- Nina
- Bébé (!!!)
- Windah
- Gatinha (omg...)
- Princesa
- Paixão
- ...

E a lista continua, eu é que (in)felizmente agora não me lembro de mais. Barghhh!!!







Idiota (do grego idiótes, o homem ignorante em algum ofício, homem sem educação, ignorante, pelo latim idiota) , na acepção vulgar, é a pessoa desprovida de inteligência.
Na Psiquiatria, o portador de Idiotia. Existem, em psiquiatria, o idiota completo, ou profundo e o idiota de segundo grau, ou incompleto.
In Wikipédia

domingo, setembro 24, 2006

Did I lose my Sparkle?

Everybody has been talking about the "Sparkle" lately, that little thing that makes you special and "lovable" to the ones who see it.

The other day I read a post from someone who feared that God (or Whoever) had forgotten to put a Sparkle inside her, and so nobody would be able to love her.
Also, I have a friend who claims that the little stupid things that make us imperfect are the ones that make us unique, and therefore constitute the Sparkle.

Well, I'm not afraid that Someone has forgotten to give me a Sparkle, but do I still have it? Years ago, back in my pre-teen years, I started to be terribly scared of being different and did everything I could to be just like everybody else... have I become a shallow empty box, shaped like everything I though I should be?
And did I lose my Sparkle in between? Or should I say, did I toss it away?

domingo, setembro 10, 2006

Idiotas

Idiotas, idiotas e mais idiotas. Mas idiotas a sério! A minha vida é um desfile de idiotas.
Assim de repente ocorrem-me 5, e sem tentar pensar a ver se há mais!
E o mais engraçado é que quando um resolve armar-se em parvo, os outros alinham todos e juntam-se à festa. Também deviam juntar-se todos e meter-se num foguetão para Marte!

Keeping me from myself

Something is missing. And I’ve already looked in all the wrong places!
I can’t keep myself from running in circles, trying to reach the end of a home-made rainbow, only to find that true rainbows aren’t made, they happen!
Tired of waiting for one to happen... it never rains.
It thunders, though.



Iceberg.

sexta-feira, setembro 08, 2006

Filosofias subterrâneas - Um grão de areia no Universo

O que é que nos torna humanos?

Lembrei-me porque:
Estive a ler uns bocados do blog do Bruno Nogueira. Devem haver centenas de PC’s em Portugal com este nome em alguma parte: num texto, num vídeo, num diário, numa foto... É uma celebridade, e como tal, não é “humano”. Quero dizer, como qualquer celebridade, exceptuando para as pessoas que o conhecem e para aquelas que são ultra fãs, ele é um mito. Não é propriamente real. Mas o blog torna-o muito mais humano, tem uma fotografia do sobrinho bebé, um texto qualquer sobre um jantar de amigos depois de um dia de praia... igual a qualquer outra pessoa (como é óbvio, se pensarmos um bocado...).

Mas:
Já não é a primeira vez que tenho esta sensação.
Quando não sabemos nada sobre uma pessoa (ou, no caso de alguém famoso, quando só conhecemos a “caixa”) elas não são humanas aos nossos olhos, não têm passado presente nem futuro, não sentimos nada por elas, e, se não olharmos com atenção, nem sequer nos dizem nada.
Vivemos num rebanho autêntico, se for preciso até passamos por cima da ovelha da frente para chegar aonde temos que estar (será que temos?). Ás vezes vou no metro e começo a reparar nas pessoas. Nas pessoas que se empurram, e suam e praguejam para conseguir enfiar-se lá dentro à hora de ponta, e que nunca sorriem, como se as mães agora ensinassem os meninos a, para além de não falar com estranhos, também não sorrirem na sua presença.
Aquelas pessoas não são uma entidade única e coordenada, não são um rebanho! Cada uma delas é uma ovelha negra, pelo menos para alguém.
Olho para a senhora que está ao meu lado. Cabelo impecavelmente escovado, penteado e fixado, maquilhagem perfeita, aliança, casaco de marca, saltos altos, expressão séria. Não é expressão neutra, é expressão séria, quase ameaçadora.
De onde vem? Para onde vai? O que faz? Onde cresceu? Tem filhos? É feliz?
Olho à volta, entra ainda mais gente. Já não me lembro qual das pessoas era aquela senhora. É uma delas. Mais uma. Como eu sou mais uma aos olhos de toda aquela gente (pelo menos dos que olham à sua volta).
Ninguém é ninguém. E no entanto toda a gente é alguém. Toda a gente é especial nem que seja para a mãe!

Os outros tornam-nos humanos.
Aqueles a quem aparecemos descalços, em pijama e sem maquilhagem, quer por nós lhes mostrarmos, quer porque conseguem ver sozinhos para além da maquilhagem, real ou imaginária. Porque todos a temos.



Chuva Dissolvente.

sexta-feira, junho 16, 2006

Quebrámos os Dois

Era eu a convencer-te que gostas de mim,
Tu a convenceres-te de que não é bem assim.
Eu a mostrar-te o meu lado mais puro,
Tu a argumentares os teus inevitáveis.

Eras tu a dançares em pleno dia,
E eu encostado como quem não vê.
Eras tu a falar para esconder a saudade
E eu a esconder-me do que não se dizia.

Afinal,
Quebrámos os dois…

Desviando os olhos por sentir a verdade,
Juravas a certeza da mentira,
Mas sem queimar de mais,
Sem querer extingir o que já se sabia.

Eu fugia do toque como do cheiro,
Por saber que era o fim da roupa vestida,
Que inventara no meio do escuro onde estava,
Por ver o desespero na cor que trazias.

Afinal,
Quebrámos os dois…

Era eu a despir-te do que era pequeno,
Tu a puxar-me para um lado mais perto,
Onde se contam histórias que nos atam,
Ao silêncio dos lábios que nos mata.

Eras tu a ficar por não saberes partir,
E eu a rezar para que desaparecesses,
Era eu a rezar para que ficasses,
Tu a ficares enquanto saías.

Não nos tocámos enquanto saías,
Não nos tocámos enquanto saímos,
Não nos tocámos e vamos fugindo,
Porque quebrámos como crianças.

Afinal,
Quebrámos os dois…

É quase pecado que se deixa.
Quase pecado que se ignora.

Toranja
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E porquê? Por nada, gosto da música, apeteceu-me.

quarta-feira, junho 14, 2006

Pausa Pedagógica

"Pausa pedagógica", é o que eles lhe chamam. De pausa não tem nada.
Pré-época de exames, aliás muito semelhante à época de exames, só que sem exames (por enquanto). Estudar, estudar e estudar. Já estou tão farta disto... tão farta que já me distraio com tudo, como os miúdos da primária a brincar com o lápiz em frente ao caderno dos TPC.
Já fiz listas e top+ das coisas mais ridículas como as saídas todas deste ano e os rapazes da faculdade.
Já me lembrei e fiquei a divagar acerca das histórias mais doidas, como o "Stanford" do sushi, as chaves do "nosso" terraço, os actos de vandalismo com batom, os canadianos, os bifes com canela, a divagação sobre a conotação do morango (da qual eu por acaso não me recordo =P) e todos aqueles dias em que a palavra mais dita foi "Surreal!"... Surreal. Este ano foi surreal.
Apesar disso não tenho grande vontade de o repetir, portanto acho bem que páre de sonhar e passe o raio dos exames (mas porque é que não fui pá Introdução aos Baldes de Massa??)

sexta-feira, junho 02, 2006

Olhar pró dia de ontem

Já faz dois anos e ainda olho sempre para a janela cada vez que passo naquela rua.
Não me lembro do andar, nem do número da porta... axo que nunca soube, nem nunca precisei. É aquele. (Irónico como não sei os *Números*)
Mas não olho por motivo nenhum! É só por hábito, por inércia. Aliás só reparei nisso a última vez que cá estive (cá, na "terrinha"), há umas duas semanas.
Continua a ser a história mais querida.
Embora agora não consigamos fácilmente ter dois dedos de conversa sem começar a discutir por qualquer coisa ridícula.

Nunca mais lhe ouvi nada sobre outras histórias. Também nunca perguntei... Mas tenho curiosidade.

domingo, maio 21, 2006

Out in the middle of Nowhere

Não sei porque temos necessidade de nos expôr assim, tão escondidos na nossa nudez.
Não sei porque não nos limitamos a escrever e guardar os ficheiros numa pasta oculta no meio de tudo... Acho que não o fazemos porque parece não fazer sentido; como se escrever numa parede pública, anónimos e para desconhecidos fizesse mais sentido.
Talvez queiramos uma opinião mas tenhamos demasiado medo de a ouvir. Ou talvez não queiramos opinião nenhuma e seja só mesmo uma questão de definir um lugar para onde atirar com os nossos devaneios.
Sem pretender que estejam catalogados, sem esperar que façam sentido, sem querer que ninguém os analise ou compreenda. Sem pretender absolutamente nada.

Inauguro assim, oficialmente, o meu buraco de devaneios.
Pessoal, intransmissível, no meio de lado nenhum.