quinta-feira, maio 31, 2007

Borboletas incandescentes

Era uma vez uma traça, tão amarela e luzidia que se julgava um pirilampo.
Ora, como toda a gente sabe, as crianças gostam de correr pelos campos atrás dos pirilampos e com este não era diferente. E ele fugia e serpenteava no ar, feliz e contente por emanar luz própria como qualquer estrela.
Um dia, o pirilampo resolveu mudar de casa e, depois de muito procurar, encontrou um buraquinho num carvalho antigo numa floresta muito longe de casa, e mudou-se para lá.
Uma vez, estava o nosso amigo a esvoaçar alegremente pavoneando-se debaixo de uma macieira, quando vê de repente uma coisa muito rara numa floresta tão escura como aquela: dois focos de Luz.
Esquecendo completamente a sua posição de suposto pirilampo, e cedendo á condição natural de qualquer vulgar traça, o insecto precipita-se freneticamente em direcção ao primeiro foco.
Cada vez mais perto, e mais perto, e mais perto... até que, com os olhinhos já adaptados à luminosidade intensa, distingue os contornos de uma borboleta por entre a luz. Uma borboleta incandescente, do tipo que não se deixa ver muitas vezes... Nisto, a borboleta apercebe-se também da aproximação do nosso insecto luzidio, que, reflectindo sua própria luz, lhe aparece como uma esfera de fogo. Ora, conhecedora da sua condição de borboleta, e receosa de se extinguir nas chamas inebriantes como tantas outras antes dela, a borboleta rapidamente se põe a fugir da pequena traça, de tal modo que nunca mais ninguém a viu.
A traça, por sua vez, desinteressada por ver que se tratava apenas de uma borboleta, volta para trás lembrando-se da outra Luz, esperançosa que esta seja algo mais.
Nesse dia viu-a apenas ao longe, na orla da floresta, desvanecendo-se já aos seus olhinhos de traça, mas desse dia em diante todas as noites a tem procurado incansavelmente, numa esperança suicida de que não seja apenas outra borboleta incandescente, mas sim a chama de uma qualquer tocha contra a qual se possa lançar.

segunda-feira, maio 28, 2007

Um dia vou ter que descobrir o que fazer com todos estes meus códigos e chaves e mapas, dentro e fora de todas estas caixas, reais, imaginárias, públicas, privadas e assim-assim.

Dada a inutilidade de todo este nada a pergunta "o que é que faço com isto?" torna-se pertinente.



Puzzled

quinta-feira, maio 24, 2007

Multiplicidades

Alter-ego. Alter-egos.

Facetas. Heterónimos.

O bem e o mal.

Duplicidades.

Escuro e claro... de repente, qual é qual?

O mais escuro de antes é o mais claro de agora?

domingo, maio 20, 2007

Unknown


Praia de Faro, Abril de 2007

Que mecha!

19:55 - Estou morta por chegar a casa.
20:00 - Chego a casa.
20:05 - Sair? Boraaaa!
22:00 - Cuba libre: Weeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!
00:00 - 3 no porta-bagagens.
00:30 - Bedroom + shots.
01:00 - Weeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!
02:00 - Arroz doce e os finalistas de direito.
04:00 - Loucos, pipocas e amarguinha.
05:00 - Que mechaaaaaaaa!
05:55 - Birras e arroxados.
06:00 - Corn flakes, dulcineia, guitarras e águas das pedras á porta de meio mundo.
07:00 - Pasta de dentes no nariz: viva a coordenação motora!



Surreal, saudades, perfeito, imperfeito, birras, álcool, mechas, tudo, nada, todos, corn flakes, rui veloso...

quarta-feira, maio 16, 2007

Politicamente correcto

DONALD
She's lying.

KAUFMAN
What do you mean? What happened?

DONALD
Nothing. She said all the right things.
People who answer questions too right are
liars.



in Adaptation

terça-feira, maio 15, 2007

Um ano depois acendi as luzes.
Resta saber se não virei albina entretanto.

domingo, maio 06, 2007

My life's unanswered question

Would you rather be the good guy or the smart guy?