sexta-feira, junho 16, 2006

Quebrámos os Dois

Era eu a convencer-te que gostas de mim,
Tu a convenceres-te de que não é bem assim.
Eu a mostrar-te o meu lado mais puro,
Tu a argumentares os teus inevitáveis.

Eras tu a dançares em pleno dia,
E eu encostado como quem não vê.
Eras tu a falar para esconder a saudade
E eu a esconder-me do que não se dizia.

Afinal,
Quebrámos os dois…

Desviando os olhos por sentir a verdade,
Juravas a certeza da mentira,
Mas sem queimar de mais,
Sem querer extingir o que já se sabia.

Eu fugia do toque como do cheiro,
Por saber que era o fim da roupa vestida,
Que inventara no meio do escuro onde estava,
Por ver o desespero na cor que trazias.

Afinal,
Quebrámos os dois…

Era eu a despir-te do que era pequeno,
Tu a puxar-me para um lado mais perto,
Onde se contam histórias que nos atam,
Ao silêncio dos lábios que nos mata.

Eras tu a ficar por não saberes partir,
E eu a rezar para que desaparecesses,
Era eu a rezar para que ficasses,
Tu a ficares enquanto saías.

Não nos tocámos enquanto saías,
Não nos tocámos enquanto saímos,
Não nos tocámos e vamos fugindo,
Porque quebrámos como crianças.

Afinal,
Quebrámos os dois…

É quase pecado que se deixa.
Quase pecado que se ignora.

Toranja
----------------------------------------------------------------------------------
E porquê? Por nada, gosto da música, apeteceu-me.

quarta-feira, junho 14, 2006

Pausa Pedagógica

"Pausa pedagógica", é o que eles lhe chamam. De pausa não tem nada.
Pré-época de exames, aliás muito semelhante à época de exames, só que sem exames (por enquanto). Estudar, estudar e estudar. Já estou tão farta disto... tão farta que já me distraio com tudo, como os miúdos da primária a brincar com o lápiz em frente ao caderno dos TPC.
Já fiz listas e top+ das coisas mais ridículas como as saídas todas deste ano e os rapazes da faculdade.
Já me lembrei e fiquei a divagar acerca das histórias mais doidas, como o "Stanford" do sushi, as chaves do "nosso" terraço, os actos de vandalismo com batom, os canadianos, os bifes com canela, a divagação sobre a conotação do morango (da qual eu por acaso não me recordo =P) e todos aqueles dias em que a palavra mais dita foi "Surreal!"... Surreal. Este ano foi surreal.
Apesar disso não tenho grande vontade de o repetir, portanto acho bem que páre de sonhar e passe o raio dos exames (mas porque é que não fui pá Introdução aos Baldes de Massa??)

sexta-feira, junho 02, 2006

Olhar pró dia de ontem

Já faz dois anos e ainda olho sempre para a janela cada vez que passo naquela rua.
Não me lembro do andar, nem do número da porta... axo que nunca soube, nem nunca precisei. É aquele. (Irónico como não sei os *Números*)
Mas não olho por motivo nenhum! É só por hábito, por inércia. Aliás só reparei nisso a última vez que cá estive (cá, na "terrinha"), há umas duas semanas.
Continua a ser a história mais querida.
Embora agora não consigamos fácilmente ter dois dedos de conversa sem começar a discutir por qualquer coisa ridícula.

Nunca mais lhe ouvi nada sobre outras histórias. Também nunca perguntei... Mas tenho curiosidade.